12 maio 2009

Prova de aproveitamento!


Antigamente nas escolas primárias realizavam-se as chamadas provas escritas de aproveitamento. Serviam para os professores avaliarem os desempenhos dos alunos nos períodos escolares que os antecediam e simultaneamente, porventura por razões pedagógicas, incutir nos jovens educandos um grau de exigência que de muita utilidade viria a servir  em  níveis escolares superiores.  
As memórias que temos desses acontecimentos escolares, propicia obviamente, uma viagem a tempos já um pouco longínquos, mas recordá-los em ”deliciosos” pormenores, transmite-nos uma inexplicável saudade que jamais poderíamos imaginar neste tipo de lembranças. 

E alguns deles, dessas pequenas coisas que em tempos pouca importância atribuíramos, passavam por exemplo, pela compra da folha onde se fazia a prova! Quem não se recorda dessa inesquecível folha dupla de trinta e cinco linhas que comprávamos na antiga Casa Farol  ? E aquela dobra longitudinal de cinco centímetros de largura que fazíamos com todo o cuidado para criarmos uma margem de referencia ao alinhamento da escrita? E a alegria que sentíamos quando aquele Bom (ou na melhor das hipóteses um MBom) escrito a vermelho no topo do exercício, era atribuído pela professora como resultado de todo o nosso esforço e dedicação? Bem, é todo um nunca mais acabar de sensações que justifica bem recordarmos a visualização de uma dessas provas de 1967 que Teresa Cruz, ao encontrar no baú das suas recordações, o classificou muito justamente desta maneira: “ ... Afinal, um papel sem aparente importância mas que veio a ser determinante no meu percurso académico e profissional" .






A primeira folha servia para a identificação do aluno, do professor, da escola, e nalguns casos, como neste, também para início da prova de caligrafia.








Depois chegava a vez do ditado, da redacção e iniciava-se a prova de aritmética...








... que iria terminar na folha seguinte com exercícios que contemplavam as quatro operações algébricas.







3 comentários:

Teresa Cruz disse...

Olá Manuel!
Uma ligeira observação: a margem era de cinco centímetros, não de cinquenta...
E quando digo que esta prova foi determinante para o meu percurso académico e profissional, digo-o no sentido mais lato do termo:graças a ela a diferença de idade para me aposentar pode ser só de... dez anos!Um pequeno pormenor que mal se nota...

MGomes disse...

Olá Teresa!

... e eu que exactamente antes de escrever este breve texto, tinha ido confirmar, de fita métrica na mão, a largura da margem???!! E não é que li mesmo 50? Só que eram milímetros!!! De qualquer maneira, obrigado pela correcção e também pelo reforço ao que querias dizer na tua frase.

Bjo

Lourdes disse...

Olá "vizinho"!
Quando li este post, quantas lembranças me passaram pela cabeça! Umas boas, outras nem tanto...
Mas, é sempre bom recordarmos e estes registos são muito importantes. A partir deles podemos fazer comparações e tirar ilacções.
Gostei muito do post.
Beijinhos