Fernando Duarte, acompanhado pelo míudo José Cardoso de Vale
de Figueira e sua tia.
Em tempos passados, a
actividade comercial nas aldeias estava ainda longe de uma profissionalização
que mais tarde veio a surgir e que se transformou naquilo que hoje podemos
chamar de comércio local!
Nas poucas lojas que
existiam abertas ao público, vendiam-se essencialmente produtos de mercearia e
os restantes bens de consumo imprescindíveis à vida quotidiana das pessoas eram
transacionados nas feiras ou de porta a porta. Neste último caso, os vendedores/compradores
percorriam o interior das localidades e pelas ruas lá iam apregoando os mais
variados produtos que se propunham negociar! Deslocavam-se em carroças, mas
também havia quem, montado num burro ou numa mula se apresentasse a percorrer
as aldeias mais próximas.
Da fruta, à
roupa, passando pelo peixe, tudo de um pouco era vendido. Mas também havia quem
comprasse! Como era o caso do nosso conterrâneo Fernando Duarte que se dedicava
ao negócio dos galináceos! As galinhas, patos e perús depois de regateados por
um preço acordado entre ambas as partes, eram "despachados" por
comboio, a partir de Mato de Miranda e com destino a Lisboa!
Refira-se a
propósito que um dos filhos de Fernando Duarte, de seu nome Francisco Duarte,
deu continuidade a esta actividade iniciada pelo seu pai , tendo pelo facto e a
título de curiosidade, sido atribuído popularmente a ambos uma alcunha que
tinha a ver com a singularidade da profissão que exerceram. A de "Pardal"!
Eram conhecidos no Pombalinho por Fernando e Francisco Pardal!
Fernando
Duarte é pai de Francisco Duarte , Veríssimo
Duarte e de Maria
Luísa Narciso
Colaboração
fotográfica de Mª Luísa Narciso
3 comentários:
É com alguma curiosidade que vejo o meu primo José Cardoso nesta foto, pois ele era primo carnal do meu avô João Martinho, as mães eram irmãs, a minha tia Carlota (mãe do José Cardoso) e a minha bisavó Isabel Saldanha (mãe do meu avô), e ainda sobre a tia que se encontra na foto, em conversa com a minha mãe, deverá ser a tia Máxima, mulher do Ricardo Saldanha, que também era irmão da minha bisavó e da minha tia Carlota, será? se houver alguém que identifique a respectiva senhora eu agradeço. Muito obrigado pela recordação do passado, que faz parte da minha família. Pois mais uma vez descubro alguém que faz parte do meu passado, mas que eu adoro recordar apesar de não ter conhecido todos, existiram todos e são recordados com SAUDADE. Um grande abraço. Luísa Sacola
Obrigado.
Casualmente vim parar a este blogue e fiquei muito sensibilizado pelo que vi: memórias de gentes e lugares, cuidadosamente preservados através deste tão bonito trabalho de recolha e divulgação. Bem hajam.
Sensibilizado porquê?
É que meu avô paterno, Manuel Duarte da Luzia, era de S. Vicente do Paúl, onde viveu no Casal da Judia, próximo da Quinta da Mata.
Nesta terra ainda tenho primos e vou lá de vez em quando.
Um tio meu vivia em Casével e calcorreava as terras da Azinhaga e Pombalinho. Foi com ele que uma vez visitei a Quinta da Broa.
Obrigado por este trabalho que eu, professor de História, já aposentado, sei admirar e valorizar.
Abraço, de vez em quando vou passar por aqui.
Se me derem licença, postarei algumas coisas vossas num dos meus blogues:
http://aorodardotempo.blogspot.com
Meu mail, para o caso de terem mais coisas sobre S. Vicente do Paul:
moedasduarte@gmail.com
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